Em Construir o inimigo e outros escritos ocasionais, uma reunião de ensaios sobre arte e cultura, Umberto Eco fala sobre a nossa necessidade de ter — ou, se necessário, inventar — um inimigo. “Ter um inimigo é importante não somente para defin ir a nossa identidade, mas também para encontrar o obstáculo em relação ao qual medir nosso sistema de valores e mostrar, no confronto, o nosso próprio valor. Portanto, quando o inimigo não existe, é preciso construí-lo”, afirma Eco. A situação mundi al do nosso tempo, marcada por uma polarização política feroz, revela como é oportuno e inevitável conhecer os mecanismos que levam os homens a identificar sempre novos adversários. Em ensaios de extraordinária relevância, Umberto Eco reflete sobre a nossa necessidade de ter, sempre e em qualquer caso, um inimigo a atacar: seja nas invectivas dos oratórios antigos, na brilhante digressão literária que atravessa a Ilíada, nos romances de James Bond, na caça às bruxas, na propaganda de guerra do p assado ou nos populismos do presente. Construir o inimigo e outros escritos ocasionais aborda tópicos sobre os quais Umberto Eco escreveu e palestrou em seus últimos anos: a ideia de que todo país precisa de um inimigo — e, na sua ausência, deve inve ntá-lo — discussões sobre temas que inspiraram seus primeiros romances, levando-nos, ao longo do processo, a explorar ilhas perdidas, reinos míticos e o mundo medieval resenhas indignadas a respeitos de Ulisses, de James Joyce, e de jornalistas fas cistas das décadas de 1930 e 1940 uma análise das noções de Santo Tomás de Aquino sobre a alma dos que ainda não nasceram e muitos outros temas, como censura, violência e o WikiLeaks.
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Autor |
Eco, Umberto |
Editora |
RECORD |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
240 |
Ano de edição |
2021 |