Combinando alguns de seus livros anteriores como O instinto da linguagem (1994) e Como a mente funciona (1998), Steven Pinker encontra na linguagem uma janela para uma possível explicação da natureza humana. O autor, tido pela revista Time em 2004 co mo uma das cem pessoas mais influentes do mundo, parte de verbos, pronomes e substantivos para - com a munição de exemplos e citações curiosas e surpreendentes, que vão de Shakespeare e Brecht a Paul McCartney e Groucho Marx - chegar à explicação de que matéria é feito o pensamento. Com elegância e bom humor, Pinker seleciona situações as mais corriqueiras para exemplificar seus reveladores pontos de vista. O momento em que o motorista é parado na estrada por estar em alta velocidade é uma delas . Pinker mostra que a construção do discurso para tentar subornar o guarda pode ser bastante reveladora da forma como construímos nossos pensamentos, assim como da maneira como colocamos nossas emoções em jogo. O mesmo vale para a sedução: como expli citar suas intenções sem melindrar sua (seu) acompanhante? Entrando com segurança na longa discussão científica sobre o que é ou não inato às nossas mentes, ou o que vem com o nascimento e o que é adquirido culturalmente, Pinker argumenta que temos, ao abrir os olhos pela primeira vez, um esqueleto básico de noções envolvendo espaço, tempo e causalidade, ao qual vão se adicionando os tijolos do aprendizado contínuo. Nesse sentido, são valiosos os trechos em que discorre sobre o aprendizado das palavras pelas crianças. Pinker, que vê na metáfora nosso momento criativo, também utiliza exemplos dos noticiários com habilidade. O caso do presidente Clinton com a estagiária Monica Lewinsky é analisado à luz das nuances semânticas da linguagem. A ssim como a batalha judicial sobre o seguro a ser pago pelas torres do 11 de Setembro, que também girou em torno de uma questão semântica crucial. Em momentos como esses, Pinker demonstra - como já o fez brilhantemente em Como a mente funciona - que a ciência pode ser mais simples e presente do que imaginamos. "Steven Pinker é um desses cientistas extraordinários que sabem atrair a atenção dos leigos. Um dos grandes prazeres de ler seus livros é entrar nos processos de pensamento de um homem tã o articulado." - Ian McEwan
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Autor |
Pinker, Steven |
Editora |
COMPANHIA DAS LETRAS |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
568 |
Ano de edição |
2008 |