Não foram muitos: nove, no total, desde Frost, o romance de estreia (1963), ainda inédito no Brasil, a Extinção, de 1986. E um deles é considerado o maior prêmio literário da Alemanha: o Büchner. Alguns, pelo menos, foram dotados de uma soma - decer to bem-vinda, ainda que insuficiente - em dinheiro. Mas estamos falando de Thomas Bernhard. E o que ele tem a dizer sobre prêmios literários, em especial sobre aqueles que lhe foram outorgados ao longo da carreira, nem sempre é muito lisonjeiro. Meus prêmios, obra que Bernhard preparava para publicação pouco antes de morrer, em 1989, reúne nove relatos, três discursos e a carta em que o autor explica seu desligamento da ilustre Academia de Língua e Literatura de Darmstadt, a instituição que conc ede o cobiçado prêmio Büchner. No livro, Bernhard relata a rotina muitas vezes hilária da concessão e da outorga de prêmios literários, muitos dos quais o escritor foi receber em companhia da tia septuagenária. Ainda que não se trate de obra de ficçã o, a escrita de Meus prêmios revela o Bernhard afiado de sempre, revisitando aqui e ali algumas das passagens mais brilhantes de sua obra ficcional, como O sobrinho de Wittgenstein (Rocco, 1992), ou autobiográfica, como Origem.
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L112-9788535919394 |
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Autor |
Bernhard, Thomas |
Editora |
COMPANHIA DAS LETRAS |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
112 |
Ano de edição |
2011 |