Um livro tem sempre muitas histórias para contar. Além das que dizem respeito ao tema da publicação, existem as histórias das motivações e dos desafios para sua concretização - da ideia inicial ao produto final. Quando a realização é coletiva, ainda podem ser vistas (e até mesmo ouvidas, em se tratando de um livro com muitos sons) as marcas da cumplicidade e do companheirismo. Sem dúvida, é o caso de “Sonoridades Históricas de Minas”. Muitas histórias para contar.
Um motivo importante para a mo bilização inicial foi a revoltante tragédia que abalou as terras e as gentes mineiras: O desastre de Mariana, em 2015, fruto da queda da Barragem do Fundão. A vontade de realizar um tributo acadêmico às comunidades atingidas, como declaram os autores , despertou o interesse por uma pesquisa e por uma proposta de intervenção no ensino e na história pública, iniciativas posteriormente apoiadas pela FAPEMIG. Os desafios não eram pequenos: Como pesquisadores e professores de história e música poderi am participar dos processos de reparação às vítimas do desastre e à coletividade mineira como um todo?
Como poderiam contribuir para as ações de reconhecimento das perdas e, ao mesmo tempo, de fortalecimento real e imaginário das comunidades.
Com a certeza de que a história e a música são instrumentos poderosos para a construção e reconstrução de identidades, memórias, afetividades e empatias, o projeto buscou reconstruir, através de uma temática realmente inovadora e afetivamente envolvent e - as sonoridades plurais - muitas histórias interrompidas ou perdidas. A partir da região mineradora, outros espaços e territórios das Minas Gerais foram também incorporados à narrativa.
Ao longo da trajetória do livro, a área de música deu o to m, com a busca das sonoridades a área de história, por sua vez, entrou com a compreensão dos sentidos dos sons, das escutas e dos silêncios, no tempo e espaço. Quem não se reconheceria ao revisitar linguagens e tradições sonoras que lhe são familiar es, que estabelecem vínculos com o passado e que conferem novos sentidos ao presente? Sentir-se pertencer a uma história e a muitos sons pode possibilitar novas compreensões de si e dos outros, pode gerar expectativas e planos para o futuro.
Como já disse a liderança negra jongueira Fatinha de Pinheiral, estado do Rio de Janeiro, o “povo que conhece a sua história, é bem mais feliz”. “Sonoridades Históricas de Minas” é também o resultado do comprometimento da Universidade Pública com o tempo
Código: |
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Autor |
C., BUARQUE |
Editora |
EDITORA VERMELHO MARINHO |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
336 |
Ano de edição |
2022 |