Multiculturalismo, valor cultural, cultura objetiva, globalização cultural, gosto, inerte cultural, cidade, cultura digital, diversidade cultural, direitos culturais, cultura do risco – estes e outros verbetes (mais de 200), essenciais à compr essão da cultura e da política cultural contemporâneas, são aqui apresentados ao lado de uma lista de mais de 600 não-termos, numa obra ainda única no panorama mundial. Nesta edição, revista e ampliada, e que sai em paralelo à edição espanhola da obr a, uma estrutura central para a política cultural se desenha e permite compreender sob outro prisma não apenas essa nova disciplina como o próprio processo da cultura atual. Saindo dos caminhos habituais da sociologia e da política e buscando contrib uir para uma ideia de Política Cultural adequada à época, esta edição do Dicionário crítico de política cultural abre um espaço mais amplo para o tratamento da arte e suas relações nem sempre evidentes com a cultura. A CIÊNCIA DAS ESTRUTURA S CULTURAIS A Política Cultural não é, ou não é mais, apenas um conjunto de iniciativas avulsas e ocasionais, não raro desencontradas e conflitivas, que buscam promover a cultura (ou cerceá-la, conforme o momento...). Para alcançar seus objetivos no cenário complexo de hoje, uma política cultural não tem como deixar de assumir uma forma tão precisa quanto possível em outras palavras, deve erguer-se sobre uma estrutura. Uma estrutura definida porém não rígida: flexível, porque só assim poderá co rresponder aos desdobramentos e meandros do processo cultural a que deve atender. É flexível mas não invertebrada, porque a cultura é uma matéria, a requerer bases resistentes. Se busca uma eficácia real e não apenas um efeito de discurso, uma políti ca cultural deve ser capaz de identificar o que está em jogo na dinâmica cultural que lhe serve de objeto. E isso apenas conseguirá fazer se assumir, tanto quanto possível, a forma de uma ciência: a ciência da organização das estruturas culturai s. Este dicionário propõe-se demonstrar que é possível falar-se na Política Cultural como um campo definido das ciências humanas, com objetos, fins e procedimentos próprios. O caminho escolhido para essa demonstração começou pela identificação dos te rmos recorrentes em Política Cultural e dos termos que a Política Cultural ainda não usa porém que não mais pode dispensar. E continuou com a atribuição crítica de conceitos a esses termos, frequentemente utilizados, nos textos dos ensaístas tanto qu
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Autor |
Coelho, Teixeira |
Editora |
ILUMINURAS |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
448 |
Ano de edição |
2000 |