Vila Rica não é Florença, pedra-sabão não é mármore e Aleijadinho não foi Michelangelo. Ainda assim, o esplendor e o requinte, as sutilezas e a suntuosidade das dezenas de estátuas, pias batismais, púlpitos, brasões, portais, fontes e crucifixos per mitem supor que o Brasil teve um gênio renascentista desgarrado em plena efervescência de Minas colonial, esculpindo e talhando com o espírito, o fulgor e a grandiosidade dos artistas iluminados. O legado do Aleijadinho - eternizado no interior e nas fachadas de meia dúzia de igrejas de Minas Gerais - refulge mais que os minérios que saíram dali para fazer o fausto de nações além-mar. Na prática, foram elas - estátuas, lavabos e esculturas - a herança que restou para recordar o Brasil de seus te mpos áureos. A obra monumental do Aleijadinho é um patrimônio superior a qualquer conforto que o ouro possa comprar.
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L020-9786586588170 |
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Autor |
ALMEIDA, BARBOSA |
Editora |
GARNIER |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
119 |
Ano de edição |
2020 |