A prática etnológica que acabou por transformar os Dogon em um caso privilegiado de estudo das culturas africanas está na origem da antropologia francesa, disciplina que ainda estava por nascer quando a Missão Etnográfica e Linguística Dacar-Djibuti liderada por Marcel Griaule chegou ao enclave habitado pelos Dogon, no início dos anos de 1930. Foi essa missão que fez dos Dogon um caso exemplar para a antropologia francesa e para a cena cultural da época: eles então se converteram em objeto de an álise, inspiração artística e filosófica foram descritos, filmados e expostos nas vitrines do Museu do Homem e em espetáculos artísticos e científicos dos mais diversos tipos. Esse momento inaugural da antropologia e suas repercussões nos estudos su bseqüentes é aqui analisado criticamente, servindo de pano de fundo para um questionamento mais amplo da disciplina e de suas práticas proposto pelo autor.
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Autor |
GIOBELLINA, BRUMANA |
Editora |
EDUSP - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
386 |
Ano de edição |
2011 |