Os ensaios que compõem este livro tomam como ponto de partida a hipótese de que a vida humana está exposta a toda sorte de riscos na modernidade tecnocientífica. As estatísticas são claras: se é verdade que nunca houve tamanho progresso na melhoria d a qualidade de vida de muitos, também é certo que nunca antes populações inteiras estiveram sujeitas à morte em escala industrial por causa de guerras e conflitos, catástrofes ecológicas e doenças produzidas pelas condições sociais e tecnológicas em que vivemos.
Vivemos em uma época em que a valorização e o incentivo da vida se fazem acompanhar da depreciação e do descarte dessa mesma vida. Colhidos em meio a essa espiral incontrolável, de nada adianta assumir atitudes teóricas orientadas pel o pessimismo ou pelo otimismo, marcadas pela recusa impossível da modernidade tecnológica ou pela exaltação cega de suas virtudes e benefícios. Se não podemos escapar a nosso destino moderno biopolítico e biotecnológico, isso tampouco implica qualque r fatalidade, como se nada restasse por fazer. Somente quem sabe que sua vida se encontra em risco pode arriscar-se a viver e pensar de outro modo, tarefa a que se comprometeram Heidegger, Arendt e Foucault ao empreenderem sua crítica do presente. Os ensaios aqui reunidos formam um conjunto coerente de temas e problemas relacionados a certo caminho da filosofia política Contemporânea
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L020-9788521804666 |
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Autor |
ANDRÉ, DUARTE |
Editora |
FORENSE UNIVERSITÁRIA |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
478 |
Ano de edição |
2011 |