Esta obra coletiva se propõe a apresentar um diálogo entre os autores a respeito da cidade, a partir de diferentes disciplinas, experiências e perspectivas. Frente às mudanças constantes que a atividade humana provoca sobre o território, tarefas como esta são sempre oportunas e necessárias, porque é indispensável questionar repetidamente a interpretação dos motivos e implicações para a construção de um presente com futuro. Nesta proposta de diálogo em particular, os autores apresentam alguns dos vasos comunicantes entre duas disciplinas relativamente próximas, como a Arquitetura e o Urbanismo (comumente enquadradas nas ciências puras e sociais), com outra, aparentemente mais distante, que é a Filosofia (das ciências humanas ou do espírito). Trata-se de um diálogo questionante sobre nossa visão e ação a respeito da cidade, seu passado, presente e futuro, individual e coletivo. A obra resulta inquietante, porque não é convencional e porque sua materialidade é a consequência do processo d e diálogo entre os autores, oriundo da fraternidade que nasce da convivência não apenas física e no mesmo espaço, mas aquela que compartilha a vida mesmo à distância (Londres, Nova Iorque, Curitiba, onde se encontravam Jelson, Andrei e Clovis quando escreveram essas linhas)”. (Sergio González-López, no Prefácio)