É espantosa a naturalidade com que muitos filósofos e linguistas acreditam que o mérito de Searle foi completar o pensamento de Austin e dar-lhe os contornos de uma teoria. É comum encontrar autores referindo-se aos dois filósofos como se eles fossem um par de gêmeos siameses ou que a relação mestre-discípulo fosse tão harmônica que não haveria a menor discrepância entre suas posições. É inacreditável que milhares de leitores de Searle continuem a acreditar na “leitura oficial” de que tudo o que Searle fez em matéria de teoria dos atos de fala foi dar corpo às reflexões de Austin. Entre as diferentes formas de pensar a pragmática, há uma clara divisão entre duas abordagens das ideias de Austin. A primeira é a leitura de Austin que passou pe lo expurgo de Searle. Em seu livro, Rajagopalan trata da forma como Searle se apropriou de Austin e refez suas ideias a seu modo, atendendo aos interesses institucionais da academia. Também não resta dúvida de que as leituras não searlianas de Austin são bem mais aceitas hoje do que há uns trinta anos. A leitura não searliana de Austin encontra cada vez mais aceitação em áreas como a sociologia e a antropologia e, aos poucos, vai ganhando entusiastas no campo da linguística, e a diferença entre essas duas formas é gritante. Rajagopalan resume aqui uma série de razões para o fascínio exercido pela figura de Austin, sua filosofia, seu estilo irreverente e idiossincrático, os usos e abusos que seu pensamento vem sofrendo. E afirma que Austin s empre dá a volta por cima. Talvez seja nisso que resida o eterno fascínio que ele exerce sobre nós! Ele nos dá não só uma lição de filosofia, mas também uma lição de vida.
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Autor |
KANAVILLIL, RAJAGOPALAN |
Editora |
PARÁBOLA EDITORIAL |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
296 |
Ano de edição |
2010 |