Este livro oferece ao leitor pequenas fatias do tempo do tempo-agora, do tempo-passado, do tempo ainda não vivido para serem degustadas com a lucidez e a urgência da realidade, mas também com generosas doses de reflexão e algumas pitadas de imagi nação. A crônica de Rubem, o leitor verá, registra o tempo, serve à vida, como sugere Antonio Candido, mas o registro aqui não é o do tempo fugaz, o tempo líquido que escorre rápido e já não é nada aqui está o tempo que fica marcado, porque é o temp o-sempre, o tempo do cronista que olha mais demorado para o que o olhar menos atento não vê. O cronista, enfim, nos dá a chance de olhar mais uma vez, chance de revisitar o tempo que ele soube guardar.