A ideia de promover um debate académico sobre o tema do corporativismo assentou num propósito claro e ousado: reinscrever na historiografia portuguesa o estudo do sistema corporativo instituído pelo Estado Novo, tomando-o enquanto doutrina e como rea lidade política e institucional concreta. Retomando o fôlego de uma historiografia crítica sobre o Estado Novo, que nos anos 80 e 90 do século passado permitiu construir grandes linhas de interpretação sobre o tempo do salazarismo, será possível comp reender os contextos políticos que moldaram o funcionamento das instituições corporativistas e reinterpretar as suas funcionalidades políticas e de reprodução social. Muitos desses organismos revelaram-se pouco corporativos e próprios de um “capitali smo de organização”. Modelo que, nas circunstâncias portuguesas de crise do Estado liberal, fez do corporativismo o seu principal instrumento de recomposição das classes dominantes e de reconstrução do Estado.
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Autor |
ÁLVARO, GARRIDO |
Editora |
ALMEDINA |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
322 |
Ano de edição |
2012 |