As Memórias do Sobrinho de Meu Tio, história da ascensão financeira e política de um "filho família" oportunista, no Brasil do Segundo Reinado, foram escritas por Joaquim Manuel de Macedo em fins de 1867 e início de 1868. O escritor, que acabara de s e reeleger deputado pelo Partido Liberal, retoma aqui o narrador de A carteira de meu tio (1855) - bem como seu avesso crítico, o honestíssimo compadre Paciência - e discute a política de conciliação do gabinete de Zacarias de Góis de Vasconcelos a Guerra do Paraguai, que então parecia interminável a emancipação dos escravos, anunciada na fala do trono de 1867 os métodos corriqueiros de apadrinhamento, o processo eleitoral e o exercício, em proveito próprio, de cargos públicos.Livro cuja impo rtância, no interior da obra macediana, já foi sublinhada, dentre outros críticos, por Antonio Candido, Astrogildo Pereira e Temístocles Linhares, as Memórias do Sobrinho de Meu Tio chamam a atenção para sua dicção satírica - exercitada igualmente em boa parte da dramaturgia do autor e em textos como A luneta mágica, Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro e Memórias da rua do Ouvidor -, e para a capacidade de Macedo de, ao lado da popularização de um modelo prosaico-sentimental de romance de c ostumes, desenvolver uma espécie de autocaricatura do próprio gênero que pratica.
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Autor |
Macedo, Joaquim Manuel De |
Editora |
COMPANHIA DAS LETRAS |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
544 |
Ano de edição |
1995 |