A mais antiga referência que se tem sobre os queijos de aspecto mofado que se tornariam parte indissociável da alta gastronomia francesa remete a ninguém menos que Carlos Magno. No início do século IX, uma visita inesperada do imperador a um bispo re ndeu ao anfitrião uma dificuldade: o que servir ao ilustríssimo soberano? Um queijo “branco e gordo” era tudo o que havia, e o imperador aceitou – mas não sem antes, com uma faca, cortar os pedaços que lhe pareciam asquerosos. O prelado então lhe seg redou ao ouvido que não o fizesse, pois aquelas seriam as melhores partes. Deveras: Carlos Magno acatou a sugestão ele, que nunca provara antes daquele tipo de iguaria, achou que nunca um queijo lhe descera tão saboroso.
São causos desse tipo a mat éria-prima destas Histórias da mesa, narrados pelo estudioso das tradições alimentares da humanidade, o italiano Massimo Montanari. As peculiares historietas envolvendo desde personagens históricos como Carlos Magno, até figuras ficcionais como o cav aleiro Ivã, evidenciam uma premissa muito elementar: que a comida não serve meramente para saciar a fome. Seu escopo de significados é amplo, materializando-se em formas de expressar tradições, culturas, identidades. Transformar o ato de comer em oca siões de deleite sempre afetou a economia, a política, os paradigmas intelectuais e religiosos das sociedades ao longo dos tempos.
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Autor |
MASSIMO, MONTANARI |
Editora |
ESTAÇÃO LIBERDADE |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
232 |
Ano de edição |
2016 |