O livro de Margareth Brandini Park sobre os almanaques farmacêuticos brasileiros é uma bela e importante contribuição à história da produção, da circulação e da leitura das obras de grande difusão. Ele confirma que é muito arriscado qualificar sem nu anças o almanaque de "popular". Certo, seu público é bem popular, se se entende por isso que ele é formado por muitos leitores que pertencem aos meios pobres e mais humildes da sociedade. O almanaque é um livro destinado a todos e que todos, mesmo os menos letrados ou os analfabetos, podem "ler". Mas, desde o século XVIII ou o século XVII, mesmo antes, o almanaque é um gênero ao mesmo tempo literário e editorial utilizado para difundir textos de natureza extremamente diferente. Daí o sucesso per petuado de um livro que pode ser, ao mesmo tempo, útil e prazeroso, didático e de devoção, tradicional e "esclarecido". Essa diversidade organiza a tipologia das obras, dos simples calendários, que indicam os santos de cada dia e as fases da lua, até os almanaques poéticos ou enciclopédicos. Ela se encontra igualmente no seio de muitos almanaques compostos de textos capazes de responder a todas as demandas, de satisfazer a todas as necessidades. "Ele tem de tudo", como declara Carlos, um dos lei tores de almanaques entrevistados por Margareth Brandini Park.
Código: |
L112-9788585725532 |
Código de barras: |
9788585725532 |
Peso (kg): |
0,327 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
1,10 |
Autor |
BRANDINI, PARK |
Editora |
MERCADO DE LETRAS |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
216 |
Ano de edição |
1999 |