Esta obra apresenta Paulo de Tarso na perspectiva da experiência religiosa, com destaque para os elementos místicos visionários de sua carreira, que fizeram parte do judaísmo e da religiosidade do primeiro século. Tradicionalmente, ele tem sido visto como grande exegeta, pensador e teólogo da Antiguidade, no âmbito dos primórdios do cristianismo. Essa concepção criou uma caricatura anacrônica desse apóstolo, como se fora um teólogo produtor de textos - o que tem caracterizado o labor teológico o cidental dos últimos séculos. Ele vem sendo acusado até mesmo de ter sido o grande pervertedor dos ensinos de Jesus de Nazaré e, consenquentemente, de ter sido o criador de uma nova religião que desembocou no cristianismo ocidental que conhecemos. En tretanto, seus próprios escritos, notoriamente as Cartas aos Coríntios, revelam as impressões digitais de um judeu místico apocalíptico, típico do primeiro século. Sua experiência mística, mediada pela comunidade cristã que o acolheu, o tornou um seg uidor de Jesus de Nazaré - cujos seguidores caracterizavam nada mais do que uma nova seita judaica naqueles dias. Bem diferente de um teólogo produtor de tratados teológicos, ou de um exegeta que faz análise gramatical de textos sagrados, Paulo foi u m místico visionário, com crenças apocalípticas, cuja experiência de revelação lhe deu uma visão renovada das Escrituras e da tradição judaica. Foi um entusiasta carismático, que saiu pelo seu mundo fundando comunidades que vieram a compor as primeir as igrejas cristãs do Ocidente, tendo como base a revelação do Jesus ressuscito que recebera. Essa perspectiva histórico-religiosa, que leva em conta a exegese dos textos paulinos, é fundamental para melhor compreensão de Paulo de Tarso e das origens do cristianismo.
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Autor |
JONAS, MACHADO |
Editora |
PAULUS |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
296 |
Ano de edição |
2009 |