O Rio e seu Segredo conta a saga de Zhu Xiao-Mei, uma das poucas jovens que, em meio à Revolução Cultural na China, nunca desistiu de desenvolver seu talento. A história desta pianista representa um emocionante encontro entre o Leste e o Oeste, passa do e presente, música e filosofia. Zhu Xiao-Mei nasceu em Xangai em 1949 numa família de artistas. Iniciada na música muito cedo, começou a tocar aos 6 anos na rádio e na televisão de Pequim. Aos 10, entrou na Escola Nacional de Música para crianças superdotadas. Em 1969, auge da Revolução Cultural chinesa, Xiao-Mei tinha 20 anos e foi obrigada a interromper seus estudos. Passou cinco anos na fronteira da Mongólia num um campo de reeducação onde, graças a algumas cúmplices, conseguiu aperfeiçoar às escondidas a sua habilidade com o piano: a mãe lhe mandou o instrumento e, com ele, a chinesa e seus colegas realizaram um singular e emocionante concerto. Para a sorte deles, a Revolução Cultural foi tão bem-sucedida que o temido diretor do camp o sequer reconheceu Tchaikovski, Dvorak ou Rachmaninoff - proibidos junto com toda música ocidental. Xiao-Mei foi uma das poucas que resistiram à Revolução Cultural, que durou de 1966 a 1976 e deixou uma geração perdida na China. Em 1979, com a abert ura que se seguiu à visita de Isaac Stern ao país, conseguiu partir para os Estados Unidos. Perdida na cultura ocidental, Xiao-Mei encontrou refúgio nas obras-primas de Johann Sebastian Bach, as Variações Goldberg - que curiosamente abrem a porta à o bra do pensador chinês Lao Tse, censurada pela China maoísta. Em 1985, fixou-se em Paris, atuando em numerosos concertos na França e no resto da Europa. Em O Rio e seu Segredo, Zhu Xiao-Mei conta como conseguiu enfrentar o regime comunista através de Bach e do pensamento de Lao Tse: A bondade suprema é como a água, que tudo favorece e com nada rivaliza. "O livro tem trinta capítulos - trinta, o mesmo que as Variações Goldberg, a obra-prima de Bach. Trinta capítulos e uma ária, que abre a obra e a encerra, formando um círculo parecido com o do tempo que torna a voltar sobre si mesmo, com a roda da vida. Frequentemente me perguntam como é que uma chinesa, originária de uma cultura tão afastada, pode tocar a música de Bach. Eu gostaria que meu s leitores chegassem à conclusão depois de terem lido este livro, mas, sobretudo, que tivessem vontade de escutar, de reescutar Bach. Queria também que eles tivessem vontade de ler ou de reler Lao Tse, o grande filósofo chinês. Pois estes dois sábios
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Autor |
Xiao-Mei, Zhu |
Editora |
OBJETIVA |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
248 |
Ano de edição |
2009 |