Em A colonização como guerra: conquista e razão de Estado na América portuguesa (1640-1808), Marco Antonio Silveira, retomando reflexões e perspectivas presentes em trabalhos anteriores dedicados às Minas setecentistas, traz uma releitura de aspectos da colonização do Brasil recorrendo a dois fenômenos decisivos: de um lado, a toda uma literatura de viés político consumida no Antigo Regime ibérico, cujo objetivo consistia na adoção de estratégias voltadas à manutenção e à ampliação de domínios de outro, a um viés que destaca o peso das várias dimensões da guerra no império luso. Ancorando-se em ampla e variada documentação, o livro visita cenários diferentes, tais como as intrigas palacianas, os meandros da diplomacia, as discussões erudit as da Academia Real de História Portuguesa, as revoltas que consumiram o Maranhão na década de 1680 e a Vila Rica de 1720, o cotidiano de soldados e oficiais responsáveis pela cobrança de impostos e pelo controle do contrabando, e as perspectivas ref ormistas que foram sendo elaboradas no Portugal do início do século XVIII. Surge das análises apresentadas pelo autor um quadro que sugere a caracterização do império luso como espaços complexos e distintos, atravessados ao mesmo tempo por tendências de sedimentação e subversão.
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Autor |
ANTONIO, SILVEIRA |
Editora |
APPRIS |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
307 |
Ano de edição |
2019 |