O livro é uma crítica ao raciocínio simplista, segundo o qual a língua portuguesa está sendo ameaçada pelos chamados estrangeirismos. Os autores, todos pesquisadores em linguística e/ou professores de língua, consideram dever profissional demonstrar os equívocos e as impropriedades do projeto de lei 1.676/1999 sobre a promoção, proteção, a defesa e o uso da língua portuguesa, do deputado federal Aldo Rebelo [PcdoB]. Aqui se encontram os principais argumentos contrários ao projeto de lei, a com eçar pela crítica radical à concepção de língua ali adotada. Alguns textos rebatem os apelos patrioteiros do deputado e todos eles trazem farta exemplificação da dinâmica histórica que atravessa os modos como os falantes gerem o funcionamento do léxi co de sua língua, o que por si só já é motivo para a dispensa de tutores, censores e guardiães de um ideal de língua que ninguém pratica. Ao mesmo tempo, o livro ultrapassa e supera o projeto, ao defender que a língua não aceita mordaça, nem se deixa domesticar por mera pirotecnia legislativa. O discurso desse livro se faz a muitas vozes, todas unânimes na afirmação de que a língua muda para atender às necessidades de seus falantes e de que é impossível regulamentar a língua humana, porque a var iação é inerente às línguas e ninguém até hoje conseguiu reverter essa dinâmica.
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Autor |
ALBERTO, FARACO |
Editora |
PARÁBOLA EDITORIAL |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
224 |
Ano de edição |
2001 |