Por séculos, a magia foi algo tradicional, passada de pais para filhos, em um ciclo eterno e imutável. Pais mágicos sempre souberam que teriam filhos igualmente mágicos, da mesma forma que sabiam exatamente sob qual Domo as crianças passariam todos o s anos escolares. Os Domos nada mais eram que facções com características específicas para as quais os alunos eram direcionados no primeiro ano escolar.
Apesar de terem vidas muito longas, nem mesmo os magos são eternos e, ao contrário do que acre ditavam por séculos, suas tradições não eram assim tão imutáveis. Foi com a morte de Sebastião Coimbra, Feiticeiro Supremo da escola brasileira, que a Sociedade Mágicka sofreu a primeira grande revolução, quando ninguém menos que uma mulher fora indi cada para ocupar o cargo. Mafalda Bragança, Investigadora Mágicka e agora Feiticeira Suprema e diretora com plenos poderes sobre a Academia Mágicka Pindorama, declarou que sua gestão passaria a cuidar não somente da educação das crianças Mágickas de famílias tradicionais, mas também daquelas ainda desconhecidas para a Sociedade Mágicka.
Por anos, Mafalda se dedicara a entender como a magia corria entre as famílias. Seu trabalho, enquanto Investigadora Mágicka, trouxera à tona conhecimentos va liosíssimos sobre as linhagens de magos e como a magia se perpetuava ao longo das gerações. Mas, principalmente, a pesquisa deixava cada vez mais claro que a magia não estava restrita ao mundo mágico já conhecido. Acidentes no Mundo Visível, como é c hamado o universo não mágico, mostravam picos de magia bruta havia séculos. Pessoas comuns desmereciam os eventos com misticismos, deuses e superstições de todos os tipos, mas Mafalda fora capaz de rastrear a verdadeira origem: Crianças Desajustadas. Crianças que habitavam o Mundo Visível, mas que possuíam a magia dentro de si e por séculos haviam sido ignoradas pela Sociedade Mágicka, por não serem das famílias abastadas que dominavam o Mundo Mágicko, desajustadas para a uma sociedade elitis ta que lhes tratavam como invisíveis. Agora tudo havia mudado. Mafalda decidira abrir as portas e os Domos de Pindorama para essas crianças, treinando-as nas Artes Mágickas.
Tal decisão acarretou uma segunda grande revolução: os Domos não mais ser iam uma residência definitiva. Até aquele momento, as crianças da Academia Pindorama, assim como em todas as Academias Mágickas do mundo, eram selecionadas para um Domo ao iniciarem os estudos, e nele permaneciam até a conclusão de seus treinamentos.
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Autor |
M., LESTRANGE |
Editora |
EDITORA CARTOLA |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
186 |
Ano de edição |
2023 |