Ao contrário dos cenários típicos das plantations, grandes plantéis, agroexportação e feitores, parte da história da escravidão atlântica foi vivenciada em paisagens urbanas ou semi-urbanas. Milhares de escravos, africanos e crioulos, misturaram-se c om marinheiros, negociantes, caixeiros e viajantes e outros setores do mundo do trabalho e da cultura transatlânticos.
O Brasil escravista desenha-se desde o século XVI. A partir de 1570, os engenhos de açúcar começam a dividir espaços entre a mão-d e-obra indígena e a africana. Desse período até meados do século XIX, o Brasil receberia entre 38% a 43% de todos os africanos traficados para as Américas. Calcula-se esse total de africanos em aproximadamente dez milhões. Trabalharam aqui fundamenta lmente nas zonas rurais, no café, açúcar, algodão, fumo e também na pecuária e na extração de ouro e diamantes. Produziram inúmeras instituições em torno da família, culinária, música e cultura material de um modo geral. Como protesto, também formara m numerosos e populosos quilombos. E nas cidades criaram irmandades.
O livro Cidades Negras traz algumas dessas instituições nos espaços urbanos. Africanos e seus descendentes foram importantes personagens dos mundos do trabalho e da cultura urbana do século XIX. Inventaram territórios urbanos e diásporas, redefinindo identidades.
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Autor |
ARAÚJO, MOREIRA |
Editora |
ALAMEDA EDITORIAL |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
176 |
Ano de edição |
2006 |