• TIETÊ, O RIO QUE A CIDADE PERDEU: SÃO PAULO, 1890-1940

Historiador sensível às questões do poder e das vicissitudes do ecossistema do rio Tietê, Janes Jorge revive neste livro o papel que tiveram a destruição das matas ciliares e a valorização das várzeas sobre o desaparecimento gradativo dos pássaros, d os peixes, da caça, que era o sustento dos moradores pobres. Brinda-nos com a história social dos ribeirinhos, dos grileiros das várzeas do Tietê, dos pequenos canoeiros que pescavam e sobreviviam da lenha e da caça, que foi abundante nas margens do rio até a década de vinte.
Crítico e interpretativo, o historiador estabelece um forte elo entre o projeto das elites na urbanização de São Paulo e o povoamento das várzeas por ex-escravos expulsos do centro e, a partir de 1885, por imigrantes ital ianos e portugueses que sobreviviam da extração e do transporte da areia e da argila. O rio foi sendo dominado pela força dos interesses ferroviários, da industrialização, do esgoto e do lixo, que acompanharam o crescimento demográfico da cidade. O r io foi transformado num canal estreito e sujo, cujas memórias Janes Jorge resgata com argúcia ecológica para nossa leitura prazerosa e inquietante.

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Autor JANES, JORGE
Editora ALAMEDA EDITORIAL
Idioma Português
Encadernação BROCHURA
Páginas 240
Ano de edição 2006

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TIETÊ, O RIO QUE A CIDADE PERDEU: SÃO PAULO, 1890-1940