Tradução, introdução, apêndice e notas: Luiz Alberto Moniz Bandeira Em A origem do Cristianismo, Karl Kautsky (1854-1938), considerado um dos mais fiéis intérpretes da doutrina de Marx e Angels, faz um estudo das origens da religião levando em conta as condições econômicas e sociais tanto do Império Romano quanto da Palestina. Neste livro inédito no Brasil, o autor ainda apresenta fatos que revelam a faceta revolucionária de Jesus Cristo. O povo de Israel, seus costumes, tendências de suas dive rsas seitas - os fariseus, saduceus, essênios e zelotes – são analisados para explicar os verdadeiros fatores e as circunstâncias que determinaram diversos acontecimentos históricos. “Seu mérito acadêmico transcende quaisquer concepções políticas e i deológicas. A Origem do Cristianismo constitui enorme contributo, deveras importante, inclusive do ângulo teológico, para a compreensão de Jesus, em sua concreticidade histórica, e do cristianismo, como um fenômeno social e político, que transcendeu sua época (...)”, avalia o professor Luiz Alberto Moniz Bandeira, responsável pela tradução, introdução, apêndice e notas do livro. A profunda análise que Kautsky faz dos Evangelhos é muito significativa e esclarecedora. Ele aponta as suas contradiçõ es e busca revelar Jesus como homem, o chamado Jesus histórico. O autor destaca a possibilidade de Cristo ter sido influenciado pelos essênios, que viviam na região do Mar Morto. Muitos outros historiadores reconhecem que essa seita judaica preparou, imediata e diretamente, o caminho para o cristianismo e contribuiu para modelar a alma e o corpo da Igreja. O lado revolucionário de Jesus também é analisado por Kautsky. Ele, assim como outros historiadores, levanta a possibilidade de o Imperador P ilatus ter acreditado que Jesus fosse um Zelote - revolucionário que lutava contra a opressão do Império Romano e que muitas vezes cometia atos terroristas suicidas. Desta forma, a crucificação, castigo reservado aos rebeldes e outros inimigos da soc iedade, foi a punição estipulada para o líder de uma insurgência frustrada. Alguns termos caros à doutrina marxista são utilizados pelo autor, admirado pelos marxistas ortodoxos e por outros nomes da história pouco fiéis ao Marxismo puro. Apesar de d iscordar de Karl Kautsky, que se opunha à ”ditadura do proletariado” em curso na URSS, Lênin reconheceu que ele foi um verdadeiro “historiador marxista” e afirmou que os seus trabalhos em história eram um “patrimônio perdurável do proletariado”, entr
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Autor |
Kautsky, Karl |
Editora |
CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
560 |
Ano de edição |
2010 |