Em âmbito teológico não é comum refletir a respeito sobre o mandamento novo numa ótica de ternura. Todavia, uma reflexão desse gênero é fundamental se se deseja que a Igreja apresente-se ao mundo como o sacramento da ternura de Deus, de um Deus de bo ndade e de graça, e não um Deus de medo e punição. A pesquisa teológica acerca da ternura traz consigo notáveis implicações de ordem eclesiológica. Não é possível falar de ternura sem discutir, como Igreja e como indivíduos, a presença entre os mais pobres. A teologia da ternura supõe, de fato, a prática da ternura, e põe em crise um modo de ser cristão superficial, medíocre e sem entusiasmo. Tal teologia proclama à comunidade dos crentes que, sem o evangelho da ternura, não se cumpre plenamente o Evangelho do amor, deixado por Jesus, e não se consegue anunciar aos seres humanos o anúncio alegre da graça. Assim, fora do Evangelho da ternura é grande a tentação de ser ou de voltar a ser uma Igreja do domínio e da exclusividade. Homens e mulh eres são chamados à escola da ternura, a fim de enriquecerem-se mutuamente dos dons que cada um traz, bem como construírem juntos um diálogo positivo e respeitoso a respeito da diferença, uma autêntica civilização da ternura. E o que significa freque ntar a escola da ternura senão abrir-se aos inefáveis horizontes da Ternura Absoluta?
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Autor |
CARLO, ROCHETTA |
Editora |
PAULUS |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
528 |
Ano de edição |
2002 |