A Psicanálise praticada e pensada no Brasil é uma mixórdia colonizada, intimidada dos pés à cabeça pelo alemão de Freud, pelo inglês de Winnicott, pelo ilegivês de Lacan, pelo lerolês de Joyce, etc. Nessa embrulhada, nenhuma linha ou voz em brasilês canibalírico – a nossa língua! – capaz de despertar os psicanalistas brasileiros do delírio segundo o qual seus divãs estão situados em Viena, Londres, Paris ou Dublin e não no Sertão Brasil, esse vastíssimo campo discursivo cujos mais-gozares ressal tam de uma a língua sertoma falada em tupi, em português e em iorubá (a seus postos, tambores: tupíportuguêsiorubá!) – a língua sertoma da qual os transmineiros CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE (1902 – 1987) & JOÃO GUIMARÃES ROSA (1908 – 1967) são os poeta s, os profetas, os mistagogos, os bruxos… (Ao lerem esse parágrafo, os psicanalistas brasileiros, dormitando satisfeitos em suas poltronas, engasgam-se com as moscas que engoliram: brasilês canibalírico, a língua sertoma, tupíportuguêsiorubá…)
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Autor |
CASTRO, MATTOS |
Editora |
APPRIS |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
583 |
Ano de edição |
2024 |