A Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, embora instituída em 1891, só passou a funcionar efetivamente em 1913 – bem depois, portanto, das Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia, estabelecidas no início do século XIX. Contudo, es sa demora para a implantação do ensino médico em São Paulo não foi sinônimo de atraso. De acordo com as pesquisas conduzidas pela autora, o período que antecedeu a implantação da primeira escola médica paulista foi muito rico em debates e embates aca dêmicos e políticos. Desse modo, a Faculdade de Medicina de São Paulo emergiu como resultante de um processo estruturado com vistas a dar destaque a seu caráter moderno e científico. Frente a grupos tradicionais, ela se impôs com sua linguagem especi alizada e experimental, marcando a consolidação de uma abordagem médica laboratorial, o que já era uma realidade no cenário internacional. A obra tem três capítulos. O primeiro analisa como a República paulista abordou os temas da saúde e do ensino. O segundo investiga as atividades médicas de atendimento e tratamento realizadas em diferentes instituições de São Paulo, além de examinar as revistas médicas paulistas de maior impacto naquele momento. Já o terceiro capítulo considera outras iniciat ivas que ajudaram a preparar o terreno para a implantação da Faculdade de Medicina. O último capítulo discute, também, as teses apresentadas, ao final do curso, pelos primeiros médicos formados em São Paulo, entre 1918 e 1926.
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Autor |
Silva, Márcia Regina Barros da |
Editora |
FIOCRUZ |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
304 |
Ano de edição |
0 |