• Modernizar a ordem em nome da saúde: A São Paulo de militares, pobres e escravos (1805-1840)

Apoiado em vasta bibliografia, bem como em atas e registros da câmara municipal e textos da imprensa, o autor estuda a chegada do higienismo a São Paulo, no início do século 19. Analisa como a mesma cidade poderia ser considerada extremamente limpa p or um agrupamento social, enquanto eram mantidos locais imundos, destinados aos pobres e escravizados, cuja subnutrição e exposição a doenças contagiosas lhes encurtavam a vida, por mais irracional que fosse perder prematuramente uma "propriedade" (c omo eram os escravos) por descuido. Discute a influência do pensamento político que organizava a saúde da população em um momento “em que a limpeza deixou de ser unicamente um elemento que denotava nobreza para assumir uma característica utilitária d e preservação da saúde”. “Curar era (e é) intervenção social, política e econômica”, relembra o autor. Mantovani expõe as ideias de autores ingleses, alemães, franceses e portugueses que influenciavam não apenas as concepções locais sobre saúde, mas também medidas político-administrativas adotadas pelos governos. Ele reflete sobre as relações entre autoridades públicas e os grupos populacionais – miseráveis, prostitutas, escravos – apontados como “culpados” pelo ambiente insalubre da cidade e pe las doenças que acometiam os demais paulistanos. Uma câmara municipal militarizada era responsável pela saúde pública, coagindo e castigando aqueles que ameaçavam o bem-estar da população representada pelo alto estamento.

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Autor Mantovani, Rafael
Editora FIOCRUZ
Idioma Português
Encadernação BROCHURA
Páginas 280
Ano de edição 0

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Modernizar a ordem em nome da saúde: A São Paulo de militares, pobres e escravos (1805-1840)