Pela primeira vez, temos um livro em português dedicado a pensar a obra de cineastas de alto valor, produzindo desde pontos mais ou menos periféricos na geopolítica do cinema e, de todo modo, injustamente pouco conhecidas no Brasil – ou pouco lembrad as. Se o livro faz jus à trajetória de gigantes mais conhecidas em nossas latitudes, como a belga Agnès Varda, ele também joga luz sobre filmografias que até agora não haviam recebido atenção no Brasil, como as de cineastas da China Continental, do I rã e da Índia, dos primórdios aos tempos mais recentes. Além da perspectiva histórica, de reflexões sobre cinematografias nacionais e de estudos monográficos, há capítulos com temas transversais, como aqueles dedicados à teoria feminista do cinema, a os estudos da espectatorialidade, ao cinema lésbico e à pornografia feminina no cinema.