• NOS CUMES DO DESESPERO

«Uma constatação que posso verificar, com grande pena, a cada momento: só são felizes aqueles que nunca pensam, ou, dito de outra forma, aqueles que pensam o estritamente necessário para viver. O verdadeiro pensamento assemelhase a um demónio que tur va as fontes da vida, ou então a uma doença que afeta as próprias raízes. Pensar constantemente, colocar-se questões capitais a cada momento e experimentar uma dúvida permanente quanto ao seu destino estar cansado de viver, esgotado pelos seus pensa mentos e pela sua própria existência além de qualquer limite deixar atrás de si um rasto de sangue e de fumo como símbolo do drama e da morte do seu ser é ser infeliz ao ponto do problema do pensamento vos dar vontade de vomitar e de a reflexão vos aparecer como uma condenação.» Nenhum filósofo foi tão radicalmente pessimista como Emil Cioran. Escrito de um fôlego quando o autor tinha apenas 22 anos, Nos Cumes do Desespero marca o início de uma carreira literária tão fulgurante quanto solitária . Escrevendo literalmente para não se suicidar, Cioran reflete com uma lucidez sem precedente sobre temas como a alienação, o ceticismo, o desespero, a fatuidade, a decadência e o absurdo da existência. A humanidade deve-lhe alguns dos parágrafos mai s desassombrados e intensos sobre o vazio da sua condição.

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Autor EMIL, CIORAN
Editora EDIÇÕES 70
Idioma Português
Encadernação BROCHURA
Páginas 136
Ano de edição 2020

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