De onde vem o que você pensa sobre a deficiência? Neste livro, estabelecemos a relação entre nossas concepções de tempos (plural) e nossa percepção do que “deficiência” significa. De fato, a vivência cotidiana estabelece-se a partir de ritmos aos qua is subjaz uma noção particular de tempo. Essa vivência possui, portanto, uma temporalidade particular e não outra. As vivências, entretanto, modificam-se historicamente, fazendo-se inferir que também mudam as noções subjacentes de tempo. Com essa mud ança, comportamentos e simbologias, imbricados que são, podem mudar consideravelmente. Neste livro, contrastamos duas formas particulares de se conceber a tessitura do tempo, dentre outras que descrevemos. Especificamente, mostramos como o conceito d e deficiência pode colocar-se em diferentes bases quando nos movemos de uma concepção de tempo à outra. Fazemos isso contrastando ambientes escolares do meio urbano e do meio rural quanto aos comportamentos dos membros de suas comunidades escolares f rente à noção de deficiência. Argumentamos, então, que a adoção de uma temporalidade serial, calcada na metáfora da linha de montagem e característica do meio urbano, impede o surgimento de uma verdadeira abordagem inclusiva relativamente à deficiênc ia, mas que a inclusão de outras tessituras temporais no contexto geral do ensino traz consigo, de modo estrutural, o elemento inclusivo. Propomos, então, que se busquem formas de fazer emergir essas tessituras temporais no ambiente escolar.
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Autor |
SILVA, NASCIMENTO |
Editora |
APPRIS |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
105 |
Ano de edição |
2022 |