Uma nova visão burguesa de mundo, contrafeita à visão aristocrático-feudal e religiosa, século após século, a partir dos séculos XI-XII, construiu uma nova relação entre os homens, uma nova relação entre eles e o ambiente concreto e material. Impulsi onado pela deusa razão de Kant, o urbano venceu o rural. Mas a modernidade, construída a partir do Eu cartesiano, faz com que o espaço, urbano ou rural, baseie-se em uma novidade – a propriedade –, de certa maneira desconhecida nessa forma absoluta q ue adquire com a burguesia. De valor de uso, passa a ser valor de troca, no dizer de Marx. A cidade, como se procura mostrar nesta obra, é a origem da modernidade. E, no momento histórico em que vivemos, quando essa forma civilizacional entra em cris e final de existência, a cidade construída a partir da Modernidade também entra em crise. É nesse momento, em que praticamente o rural deixa de existir e o predomínio do urbano é quase total, que temos a obrigação ética de pensar a cidade como um nov o espaço, a partir de outros valores e significantes. Ultrapassar a cidade como mercadoria, como o lugar do Ter, como o lugar do Eu-Eu, para o espaço da com-vivência. Pensar a cidade a partir do Outro.
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Autor |
FRANCISCO, SIGNORELLI |
Editora |
APPRIS |
Idioma |
Português |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
167 |
Ano de edição |
2017 |