“E a Ilha Desconhecida fez-se enfim ao mar, à procura de si mesma”. A frase final do Conto Da Ilha Desconhecida, de José Saramago, serve perfeitamente para ilustrar a primorosa narrativa de Quando Florescem as Orquídeas, obra que inaugura, com delica deza e sensibilidade, a carreira literária da jovem autora santista-baiana-mineira Elaine Guimarães.
A jovem Deborah, sonhadora porém realista, nos conta de forma confessional sua trajetória, desde a infância difícil e problemática com a mãe até a d escoberta de novos mundos e sentimentos, um relato sincero sobre a luta diária que é amar o outro e também a si mesmo, e da oportunidade de realizar sonhos, conhecer pessoas e encontrar o seu próprio caminho.
Em sua jornada, constrói novas amizades, cresce diante de um emprego promissor e começa a descobrir a sua sexualidade. E fala também do encontro de um grande amor, que exigirá força e fé para enfrentar as adversidades desse percurso.
Quando Florescem as Orquídeas traz uma linguagem elegan te, leve, envolvente, moderna, que cativa o leitor do início ao fim, o que explica o perfil multiterritorial da autora, feita de palavras, letras, frases, luar, brisa, abraços, sol, paixões e amigos. É assim que ela escreve. É assim que vive. É com e sse entusiasmo e vigor que Elaine Guimarães nos brinda com Quanto Florescem as Orquídeas.